De todas as incontáveis criaturas através dos vastos alcances do universo, cada ser, até mesmo o menor insecto, quer apenas a felicidade e não quer sofrer. Mas nenhum deles compreende, em sua busca pela felicidade, que a ela vem apenas da acção positiva; e nenhum deles pode ver, em seus esforços para escapar do sofrimento, que o que traz o sofrimento sobre eles são as acções negativas. Então, inconscientemente, eles dão as costas para a felicidade e mergulham no sofrimento. Esperar ter felicidade sem abandonar a acção negativa é como ficar com a mão no fogo e esperar que ela não se queime. É claro que ninguém quer sofrer, ficar doente, resfriado ou com fome, mas enquanto continuarmos a permitir as más acções, nunca colocaremos um fim ao sofrimento. Do mesmo modo, nunca atingiremos a felicidade excepto através dos actos, palavras e pensamentos positivos. A acção positiva é algo que temos de cultivar por nós mesmos; ela não pode ser nem comprada nem roubada.
Tudo o que fazemos envolve o uso do corpo, da fala e da mente. Destes três, o corpo e a fala não podem fazer qualquer actividade por si mesmos; é a mente que determina tudo o que fazemos e dizemos. Se dermos liberdade à mente, ela apenas dará surgimento a mais e mais acções negativas, e é por isto que todos nós viemos a vagar por incontáveis vidas no samsara. Em cada uma destas incontáveis vidas no samsara sem início, devemos ter tido pais. De fato, nós nascemos tantas vezes que, uma vez ou outra, cada ser senciente deve ter sido nossa mãe ou nosso pai. Quando pensamos em todos estes seres que foram nossos pais, vagando sem ajuda por tanto tempo no samsara, como cegos que perderam seu caminho, não podemos sentir outra coisa que não seja uma tremenda compaixão por eles. Porém, a compaixão por si mesma não é suficiente; eles precisam de ajuda real. Mas enquanto nossas mentes estiverem limitadas pelo apego, dando-os apenas comida, roupas, dinheiro ou simplesmente afeição, apenas traremos a eles, na melhor das hipóteses, uma felicidade limitada e temporária. O que devemos fazer é encontrar um modo de liberá-los completamente do sofrimento. Isto só pode ser feito colocando os ensinamentos do Dharma em prática.
Então, antes de você receber estes ensinamentos preciosos, primeiro faça surgir a motivação apropriada, que é a de estudar e praticar não apenas para o seu próprio benefício, mas primariamente para liberar todos os seres do oceano do samsara e levá-los à iluminação completa. Esta é a vasta e perfeita atitude de bodhichitta.
A bodhichitta, que significa "o pensamento da iluminação", tem dois aspectos, um direccionado a todos os seres e um focalizado na sabedoria.
O primeiro aspecto é a compaixão direccionada a todos os serres sencientes, sem discriminar entre aqueles que são amigos e aqueles que são inimigos. Com esta compaixão constante na mente, devemos realizar cada ato positivo, até mesmo a oferenda de uma única lamparina ou a recitação de um único mantra, com o desejo de que possa beneficiar todos as criaturas vivas sem excepção.
Porém, para realmente ajudarmos todos os seres, não é suficiente apenas sentir compaixão por eles. Uma história muitas vezes contada para ilustrar isto fala de uma mãe com os braços paralisados, vendo seu filho desamparado sendo levado por um rio; por maior que a sua compaixão possa ser, isto não permitirá que ela impeça seu filho de se afogar. Nós realmente temos de fazer tudo o que for possível para resgatar os seres do sofrimento e levá-los à iluminação. Deveríamos entender que nós temos a boa fortuna de ter nascido em mundo onde um Buddha veio e ensinou o Dharma, e que nós encontramos um mestre espiritual e recebemos suas instruções. Agora, devemos usar esta preciosa vida humana para progredir sobre o caminho para a liberação.
Diz-se que "a vida humana pode levar à iluminação, a vida humana pode levar ao inferno". Dependendo da nossa motivação e da direcção que tomarmos, podemos nos tornar grandes sábios e atingir o estado búddhico, ou podemos nos tornar totalmente maus e, quando morrermos, irmos directamente para o inferno. Os ensinamentos do Dharma permitem-nos distinguir estas duas direcções, mostrando-nos claramente o que fazer e o que evitar.
Bem agora, não temos a habilidade de ajudar muito os outros. Mas se tudo o que fizermos for motivado pelo desejo de aliviar o sofrimento deles, essa aspiração constante será eventualmente realizada. A motivação canaliza a força de nossas acções, assim como um canal de irrigação leva a água para qualquer lugar desejado. Tudo depende da nossa motivação. Se tudo o que quisermos for uma vida longa e próspera, então, na melhor das hipóteses isso é tudo o que atingiremos; mas se nós quisermos liberar totalmente os seres do samsara, eventualmente seremos capazes de realizar esta nobilíssima intenção. Então é muito importante não direccionar-mos nossa aspiração para metas inferiores.
Uma vez, uma mulher e seu jovem filho estavam atravessando um rio turbulento em um pequeno bote. No meio da travessia, a correnteza tornou-se tão violenta que o bote estava para virar. Sentindo a iminência do desastre, a mãe pensou, "Possa o meu filho ser salvo!", enquanto no mesmo momento o filho pensou, "Possa minha mãe ser salva!" Apesar de o bote ter afundado e de ambos terem se afogado, o poder e a pureza de seus desejos foram tais que a mãe e o filho renasceram imediatamente em um campo búddhico celestial.
O segundo aspecto da bodhichitta, o aspecto focalizado na sabedoria, é a realização da vacuidade a fim de atingir a iluminação para o benefício dos outros. Estas duas bodhichittas — os meios hábeis da compaixão e a sabedoria da vacuidade — nunca devem ser separadas. Elas são como as duas asas de um pássaro, ambas as quais são necessárias para ele voar; você não pode atingir a iluminação através da compaixão apenas, nem através da realização da vacuidade por si mesma.
Fazer algo virtuoso com um motivação comum certamente nos trará alguma felicidade, mas apenas temporariamente. Essa felicidade logo terminará e nossa vagueação desamparada pelo samsara continuará. Se, por outro lado, tudo o que fizermos, dissermos e pensarmos for transformado pela bodhichitta, nossa felicidade aumentará e nunca será exaurida. O fruto das acções motivadas pela bodhichitta, diferentemente daquelas acções positivas feitas com motivos menos nobres, nunca poderá ser destruído pela raiva ou por outras emoções negativas.
Então, em tudo o que fizermos, é a mente que é o mais importante. É por isso que os ensinamentos buddhistas focam o aperfeiçoamento da mente. A mente é o rei, o corpo e a mente são os servos que devem obedecer sua ordem. É a mente que concebe a fé e é a mente que concebe a dúvida; é a mente que concebe o amor e á e mente que concebe o ódio.
Então, olhe para o interior e verifique sua motivação, pois ela é que determina se o que você faz é positivo ou negativo. A mente é como um cristal transparente que toma a cor de qualquer pano sobre o qual descanse — amarela sobre um pano amarelo, azul sobre um pano azul e assim por diante. Do mesmo modo, sua atitude colore a mente e isto determina o verdadeiro carácter de suas acções, não importa como elas possam parecer. A natureza desta mente não é algo remoto e desconhecido; ela está sempre imediatamente presente. Porém, se você olhar como ela é, não encontrará algo vermelho, amarelo, azul, branco ou verde; ela não é quadrada ou redonda, nem tem a forma de um pássaro, de um macaco ou de qualquer outra coisa. A mente é simplesmente o que concebe e lembra de incontáveis pensamentos. Se a corrente de pensamentos for virtuosa, então você domou sua mente; se for negativa, então você não a domou.
Para domar a mente e fazê-la ser positiva, precisamos de perseverança. Nunca pense, "O Buddha é totalmente iluminado e Avalokiteshvara é a própria corporificação da compaixão; mas como poderia uma pessoa ordinária como eu ajudar os outros?" Não se sinta desencorajado. Conforme sua motivação fica mais e mais vasta, sua capacidade para a acção positiva vai se expandir também. Você pode não ter a mesma habilidade de Avalokiteshvara neste exacto momento, mas o modo para desenvolvê-la é a prática do Dharma. Se você mantiver o desejo constante de beneficiar os outros, o poder de realmente fazer isso virá por si mesmo, tão naturalmente quanto a água que desce montanha a baixo. Todas as dificuldades vêm de não pensar nos outros. Em tudo o que você fizer, olhe constantemente para o espelho de sua mente e verifique se o seu motivo é para si mesmo ou para os outros. Gradualmente você desenvolverá a habilidade de ter maestria sobre sua mente em todas as circunstâncias; e por seguir os passos dos mestres realizados do passado, você ganhará a iluminação em uma única vida. Uma boa mente é como um solo rico em ouro vislumbrante, iluminando todo o céu com sua irradiação dourada. Mas se o corpo, a fala e a mente não forem domados, há pouquíssima chance de você atingir qualquer realização. Esteja consciente de seus pensamentos, palavras e acções em todos os momentos. Se eles tomarem a direcção errada, seu estudo e prática do Dharma não serão de qualquer utilidade.
O samsara é a condição dos seres que, por agirem sob influência de emoções obscurecidas, perpetuam seu próprio sofrimento; o nirvana é o estado além de todo sofrimento, ou em outras palavras, o estado búddhico. Se deixarmos a mente seguir todas as suas inclinações negativas, ela naturalmente tomará o caminho do samsara. Agora estamos em uma encruzilhada. Temos a boa fortuna de termos nascido como seres humanos em um mundo onde um Buddha veio e ensinou o Dharma; encontramos um mestre espiritual que pode nos transmitir o Dharma, e recebemos as instruções dele; e somos física e mentalmente capazes de colocar suas instruções em prática. Agora devemos decidir: vamos subir pelo caminho da liberação com a determinação de levar todos os seres ao nível da iluminação? Ou vamos descer ainda mais no labirinto do samsara, do qual é tão difícil escapar?
Através dos ensinamentos do Dharma, podemos levar todos os seres ao estado búddhico perfeito. Então, quando recebermos esses ensinamentos, é essencial que estejamos livres das falhas habituais que poderiam nos impedir de entendê-los claramente — os três defeitos, as seis máculas e os cinco modos erróneos de reter os ensinamentos. De outro modo, estudar os ensinamentos será apenas uma perda de tempo. Por favor, focalize os ensinamentos com atenção consumada e aplique as seis perfeições.
Tudo o que fazemos envolve o uso do corpo, da fala e da mente. Destes três, o corpo e a fala não podem fazer qualquer actividade por si mesmos; é a mente que determina tudo o que fazemos e dizemos. Se dermos liberdade à mente, ela apenas dará surgimento a mais e mais acções negativas, e é por isto que todos nós viemos a vagar por incontáveis vidas no samsara. Em cada uma destas incontáveis vidas no samsara sem início, devemos ter tido pais. De fato, nós nascemos tantas vezes que, uma vez ou outra, cada ser senciente deve ter sido nossa mãe ou nosso pai. Quando pensamos em todos estes seres que foram nossos pais, vagando sem ajuda por tanto tempo no samsara, como cegos que perderam seu caminho, não podemos sentir outra coisa que não seja uma tremenda compaixão por eles. Porém, a compaixão por si mesma não é suficiente; eles precisam de ajuda real. Mas enquanto nossas mentes estiverem limitadas pelo apego, dando-os apenas comida, roupas, dinheiro ou simplesmente afeição, apenas traremos a eles, na melhor das hipóteses, uma felicidade limitada e temporária. O que devemos fazer é encontrar um modo de liberá-los completamente do sofrimento. Isto só pode ser feito colocando os ensinamentos do Dharma em prática.
Então, antes de você receber estes ensinamentos preciosos, primeiro faça surgir a motivação apropriada, que é a de estudar e praticar não apenas para o seu próprio benefício, mas primariamente para liberar todos os seres do oceano do samsara e levá-los à iluminação completa. Esta é a vasta e perfeita atitude de bodhichitta.
A bodhichitta, que significa "o pensamento da iluminação", tem dois aspectos, um direccionado a todos os seres e um focalizado na sabedoria.
O primeiro aspecto é a compaixão direccionada a todos os serres sencientes, sem discriminar entre aqueles que são amigos e aqueles que são inimigos. Com esta compaixão constante na mente, devemos realizar cada ato positivo, até mesmo a oferenda de uma única lamparina ou a recitação de um único mantra, com o desejo de que possa beneficiar todos as criaturas vivas sem excepção.
Porém, para realmente ajudarmos todos os seres, não é suficiente apenas sentir compaixão por eles. Uma história muitas vezes contada para ilustrar isto fala de uma mãe com os braços paralisados, vendo seu filho desamparado sendo levado por um rio; por maior que a sua compaixão possa ser, isto não permitirá que ela impeça seu filho de se afogar. Nós realmente temos de fazer tudo o que for possível para resgatar os seres do sofrimento e levá-los à iluminação. Deveríamos entender que nós temos a boa fortuna de ter nascido em mundo onde um Buddha veio e ensinou o Dharma, e que nós encontramos um mestre espiritual e recebemos suas instruções. Agora, devemos usar esta preciosa vida humana para progredir sobre o caminho para a liberação.
Diz-se que "a vida humana pode levar à iluminação, a vida humana pode levar ao inferno". Dependendo da nossa motivação e da direcção que tomarmos, podemos nos tornar grandes sábios e atingir o estado búddhico, ou podemos nos tornar totalmente maus e, quando morrermos, irmos directamente para o inferno. Os ensinamentos do Dharma permitem-nos distinguir estas duas direcções, mostrando-nos claramente o que fazer e o que evitar.
Bem agora, não temos a habilidade de ajudar muito os outros. Mas se tudo o que fizermos for motivado pelo desejo de aliviar o sofrimento deles, essa aspiração constante será eventualmente realizada. A motivação canaliza a força de nossas acções, assim como um canal de irrigação leva a água para qualquer lugar desejado. Tudo depende da nossa motivação. Se tudo o que quisermos for uma vida longa e próspera, então, na melhor das hipóteses isso é tudo o que atingiremos; mas se nós quisermos liberar totalmente os seres do samsara, eventualmente seremos capazes de realizar esta nobilíssima intenção. Então é muito importante não direccionar-mos nossa aspiração para metas inferiores.
Uma vez, uma mulher e seu jovem filho estavam atravessando um rio turbulento em um pequeno bote. No meio da travessia, a correnteza tornou-se tão violenta que o bote estava para virar. Sentindo a iminência do desastre, a mãe pensou, "Possa o meu filho ser salvo!", enquanto no mesmo momento o filho pensou, "Possa minha mãe ser salva!" Apesar de o bote ter afundado e de ambos terem se afogado, o poder e a pureza de seus desejos foram tais que a mãe e o filho renasceram imediatamente em um campo búddhico celestial.
O segundo aspecto da bodhichitta, o aspecto focalizado na sabedoria, é a realização da vacuidade a fim de atingir a iluminação para o benefício dos outros. Estas duas bodhichittas — os meios hábeis da compaixão e a sabedoria da vacuidade — nunca devem ser separadas. Elas são como as duas asas de um pássaro, ambas as quais são necessárias para ele voar; você não pode atingir a iluminação através da compaixão apenas, nem através da realização da vacuidade por si mesma.
Fazer algo virtuoso com um motivação comum certamente nos trará alguma felicidade, mas apenas temporariamente. Essa felicidade logo terminará e nossa vagueação desamparada pelo samsara continuará. Se, por outro lado, tudo o que fizermos, dissermos e pensarmos for transformado pela bodhichitta, nossa felicidade aumentará e nunca será exaurida. O fruto das acções motivadas pela bodhichitta, diferentemente daquelas acções positivas feitas com motivos menos nobres, nunca poderá ser destruído pela raiva ou por outras emoções negativas.
Então, em tudo o que fizermos, é a mente que é o mais importante. É por isso que os ensinamentos buddhistas focam o aperfeiçoamento da mente. A mente é o rei, o corpo e a mente são os servos que devem obedecer sua ordem. É a mente que concebe a fé e é a mente que concebe a dúvida; é a mente que concebe o amor e á e mente que concebe o ódio.
Então, olhe para o interior e verifique sua motivação, pois ela é que determina se o que você faz é positivo ou negativo. A mente é como um cristal transparente que toma a cor de qualquer pano sobre o qual descanse — amarela sobre um pano amarelo, azul sobre um pano azul e assim por diante. Do mesmo modo, sua atitude colore a mente e isto determina o verdadeiro carácter de suas acções, não importa como elas possam parecer. A natureza desta mente não é algo remoto e desconhecido; ela está sempre imediatamente presente. Porém, se você olhar como ela é, não encontrará algo vermelho, amarelo, azul, branco ou verde; ela não é quadrada ou redonda, nem tem a forma de um pássaro, de um macaco ou de qualquer outra coisa. A mente é simplesmente o que concebe e lembra de incontáveis pensamentos. Se a corrente de pensamentos for virtuosa, então você domou sua mente; se for negativa, então você não a domou.
Para domar a mente e fazê-la ser positiva, precisamos de perseverança. Nunca pense, "O Buddha é totalmente iluminado e Avalokiteshvara é a própria corporificação da compaixão; mas como poderia uma pessoa ordinária como eu ajudar os outros?" Não se sinta desencorajado. Conforme sua motivação fica mais e mais vasta, sua capacidade para a acção positiva vai se expandir também. Você pode não ter a mesma habilidade de Avalokiteshvara neste exacto momento, mas o modo para desenvolvê-la é a prática do Dharma. Se você mantiver o desejo constante de beneficiar os outros, o poder de realmente fazer isso virá por si mesmo, tão naturalmente quanto a água que desce montanha a baixo. Todas as dificuldades vêm de não pensar nos outros. Em tudo o que você fizer, olhe constantemente para o espelho de sua mente e verifique se o seu motivo é para si mesmo ou para os outros. Gradualmente você desenvolverá a habilidade de ter maestria sobre sua mente em todas as circunstâncias; e por seguir os passos dos mestres realizados do passado, você ganhará a iluminação em uma única vida. Uma boa mente é como um solo rico em ouro vislumbrante, iluminando todo o céu com sua irradiação dourada. Mas se o corpo, a fala e a mente não forem domados, há pouquíssima chance de você atingir qualquer realização. Esteja consciente de seus pensamentos, palavras e acções em todos os momentos. Se eles tomarem a direcção errada, seu estudo e prática do Dharma não serão de qualquer utilidade.
O samsara é a condição dos seres que, por agirem sob influência de emoções obscurecidas, perpetuam seu próprio sofrimento; o nirvana é o estado além de todo sofrimento, ou em outras palavras, o estado búddhico. Se deixarmos a mente seguir todas as suas inclinações negativas, ela naturalmente tomará o caminho do samsara. Agora estamos em uma encruzilhada. Temos a boa fortuna de termos nascido como seres humanos em um mundo onde um Buddha veio e ensinou o Dharma; encontramos um mestre espiritual que pode nos transmitir o Dharma, e recebemos as instruções dele; e somos física e mentalmente capazes de colocar suas instruções em prática. Agora devemos decidir: vamos subir pelo caminho da liberação com a determinação de levar todos os seres ao nível da iluminação? Ou vamos descer ainda mais no labirinto do samsara, do qual é tão difícil escapar?
Através dos ensinamentos do Dharma, podemos levar todos os seres ao estado búddhico perfeito. Então, quando recebermos esses ensinamentos, é essencial que estejamos livres das falhas habituais que poderiam nos impedir de entendê-los claramente — os três defeitos, as seis máculas e os cinco modos erróneos de reter os ensinamentos. De outro modo, estudar os ensinamentos será apenas uma perda de tempo. Por favor, focalize os ensinamentos com atenção consumada e aplique as seis perfeições.
Apêndice
- Os três defeitos: não prestar atenção aos ensinamentos; esquecê-los; ouvi-los com a mente cheia de pensamentos negativos.
- As seis máculas: ouvir os ensinamentos com orgulho; sem fé; indiferente; distraído; aborrecido; desencorajado.
- Os cinco modos erróneos de reter os ensinamentos: lembrar das palavras mas não do significado; lembrar do significado mas não das palavras; lembrar de ambos mas falhar em reconhecer sua intenção verdadeira; lembrar de ambos mas confundir a ordem; lembrar de um significado errado.
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