Os fenômenos não são reais

Quando a mente desperta da ignorância semelhante ao sono, atinge o estado de Buddha. A partir de então, os diferentes corpos de Buddha, os campos puros manifestados para o bem dos seres, todas as qualidades desabrocham espontaneamente, pelo simples fato de a mente ter feito a experiência direta de sua própria natureza.
Se os fenômenos tivessem uma existência em si, não poderíamos nos liberar. A possibilidade de atingir a liberação pela prática do dharma se deve ao fato de que os fenômenos não são reais; portanto, podemos nos desfazer da ilusão de sua realidade intrínseca.
Entretanto, pelo fato de os tomarmos agora como reais, somos obrigados a levar em conta as leis que regem a manifestação. Pela realização de atos positivos, com efeito, pomos em marcha um processo que engendra o sistema de aparências felizes dos mundos superiores, enquanto que os atos negativos engendram as aparências dolorosas dos infernos, do mundo dos espíritos ávidos e as dos animais. Ainda que as alegrias e os sofrimentos sejam ilusórios, enquanto não formos liberados, nós os experimentamos como reais.

 “Os Seis Reinos e os Doze Elos”

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