Atitude dá cor à Mente

O que quer que façamos, então, a mente é o mais importante. É por isso que os ensinamentos budistas focam em aperfeiçoar a mente. A mente é o rei; fala e corpo são os servos que seguem seus comandos. É a mente que concebe a fé e a dúvida; é a mente que concebe o amor e o ódio.
Então olhe para dentro e verifique sua motivação, pois isso é o que determina se o que você faz é positivo ou negativo. A mente é como um cristal transparente que toma a cor do tecido onde repousa [...]. Assim, sua atitude dá cor à mente, e isso determina o verdadeiro caráter de suas ações, independentemente da aparência delas.
A natureza dessa mente não é algo remoto e impossível de conhecer; está sempre imediatamente presente. No entanto, se olhar como ela é, não vai encontrar algo vermelho, amarelo, azul, branco ou verde; não é quadrado nem redondo; nem tem a forma de um pássaro, macaco ou qualquer outra coisa. A mente simplesmente é aquilo que concebe e lembra pensamentos incontáveis. Se o fluxo de pensamentos for virtuoso, você domou a mente; se for negativo, não domou.
Domar a mente e torná-la positiva requer perseverança. Jamais pense: “O Buda é totalmente iluminado, e Chenrezi é a própria corporificação da compaixão, mas como uma pessoa ordinária como eu pode sequer ajudar os outros?”. Não perca a coragem. Assim que sua motivação for se tornando mais vasta, seu poder de ações positivas também vai expandir.
Você pode não ter agora a mesma habilidade de Chenrezi, mas o modo de desenvolvê-la é praticar o Dharma. Se manter constantemente o desejo de beneficiar os outros, o poder de fazer isso de verdade virá por si só, tão naturalmente quanto a água desce a colina.
“The Heart Treasure of The Enlightened Ones”, v. 43

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