Os fenômenos não têm nenhuma função
Nem natureza individual;
Assim, todos eles
Não têm conhecimento um do outro.
Como as águas de um rio,
Seus fluxos correm perto,
Cada um inconsciente do outro:
Assim é com todas as coisas.
Também é como uma grande fogueira,
Chamas brilhantes explodem juntas,
Cada uma inconsciente da outra:
Os fenômenos também são assim.
Também como um ventania contínua,
Os ventos soprando e ressoando em tudo que tocam,
Cada um inconsciente do outro:
Assim é com todas as coisas.
Também como as várias camadas da terra,
Uma sobre a outra,
E ainda assim cada uma inconsciente das outras:
Os fenômenos são todos assim.
Olho, ouvido, nariz, língua, corpo,
Mente, intelecto, as consciências dos sentidos:
Com isso, a pessoa sempre vaga em círculos,
Embora não haja ninguém nem nada que vague em círculos.
A natureza das coisas é fundamentalmente sem nascimento,
Embora aparentem ter nascimento;
Aqui não há nenhum revelador,
E nada sendo revelado.
Olho, ouvido, nariz, língua, corpo,
Mente, intelecto, as consciências dos sentidos:
Todas são vazias e sem essência;
A mente iludida as concebe como se existissem.
Vistas como realmente são,
Todas as coisas não têm natureza inerente.
O olho da realidade não é conceitual:
Essa visão não é falsa.
Real ou irreal,
Falso ou não falso,
Mundano ou transmundano:
Não há nada além de rótulos.
“Um bodisatva pede esclarecimento”
Sutra Guirlanda de Flores (Avatamsaka), livro 39
“Flower Ornament Scripture”
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