Para aqueles que sabem como usá-la, a tristeza é um campo
fértil de onde todos os tipos de pensamentos benéficos podem brotar com muito
pouco esforço. Jigme Lingpa descreveu a tristeza como um dos bens mais
valiosos, e nos sutras Buda louvou a tristeza como algo que abre o caminho para
todas as boas qualidades posteriores.
Com a tristeza vem confiança e devoção, que — uma vez
desenvolvidas — fazem com que as práticas de shamata e vipashyana exijam muito
pouco esforço. A prática de shamata garante que a mente se torne maleável e
trabalhável — uma mente flexível faz da vipashyana algo relativamente fácil de
consumar.
Como o Buda disse para a assembleia de monges durante seus
ensinamentos sobre o vinaya, a disciplina ajuda a manter samadhi; acostumar-se
com samadhi faz com que prolonguemos nossos períodos de sobriedade, e sobriedade
nada mais é do que sabedoria.
Tendo realizado a sabedoria, não estamos mais atados pelo
desejo, raiva e ignorância e somos capazes de perceber todos os fenômenos como
eles realmente são.
“Not For Happiness”, loc. 815
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