Estágios da meditação (Shamata / Vipassana)

A libertação é a ausência completa de emoções aflitivas, e a iluminação é a libertação mais o revelar completo das qualidades naturais da mente.
A prática de Meditação permite a familiarização com o objecto (libertação, iluminação) Através da prática regular de Meditação (devidamente orientada), evitamos os extremos do eternalismo e niilismo: "ah, não consigo, é impossivel!" ou "ah, não preciso disto para nada!" Podemos usar a imagem em anexo para identificamos facilmente durante a meditação em que ponto nos encontramos...
O monge (meditador), segura uma corda (atenção plena) na mão esquerda e um aguilhão (cognição plena) na mão direita. Corre atrás de um elefante (Mente) conduzido por um macaco (como o macaco que salta de galho em galho, a mente anda perdida de objecto em objecto...).
1. O meditador quase que alcança o elefante. - (A focar o objecto mas sem continuidade)
2. O meditador laça o elefante, que começa a ser “domado”. O coelho nas costas do elefante representa o torpor e e impaciência. - (Foco com alguma continuidade)
3. À medida que a Elefante se torna mais obediente, torna-se cada vez menos necessário usar a corda. - (Capacidade de retomar ao foco perdido)
4. O elefante é agora conduzido pela corda e pelo aguilhão. O Macaco segue atrás. - (O foco é agora estável, com torpor e agitação sutis)
5. Ambos os animais encontram-se domados. O meditador segue a prática sem que tenha necessidade de olhar para trás. O coelho desapareceu. - (Torpor extremamente sutil pela fixação no objeto)
6. Já não há necessidade de corda ou aguilhão. O macaco parte. - (Com agitação extremamente sutil, uma ligeira hesitação para abandonar o objeto)
7. O Elefante, agora totalmente branco, segue o Monge e é obediente. Não existe torpor ou inquietude mas, ainda é necessário despender alguma energia na concentração. - (Esforço na estabilidade completa, sem perturbação extremamente sutil)
8. O monge senta-se a meditar, enquanto o elefante descansa a seus pés. A mente consegue concentrar-se sem esforço durante longos períodos de tempo. É um estado de felicidade e paz. O monge voador representa a leveza do aspeto físico e o entusiasmo. - (Estabilidade completa com pouco esforço)
9. O monge senta-se em cima do elefante e encontra a verdadeira calma (Zhine ou Samatha). Consome menos energia na concentração. - (Estabilidade completa sem esforço: estado de Shamata) 

Na última etapa, o monge montado no elefante, empunha uma espada (Simbolo da sabedoria, a realização do Vazio – Shunyata) e corta as duas linhas negras que representam o obstáculo ao verdadeiro Conhecimento (Jneyavarana) e o obstáculo da corrupção (kleshavarana). Neste momento, o monge já cultiva o discernimento consciente (Lhagtong ou Vipasana) e a caminho da perfeição do Conhecimento. O fogo que surge em vários pontos do caminho representa a energia necessária nessa etapa, que vai diminuindo gradualmente com a obtenção de mais e mais calma, até voltar a aumentar subitamente no estado final de concentração.- (União com vipassana.


nota: várias fontes e sistematização pessoal

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